BERLIN

 3 de Maio de 2015

Berlim não me encantou. Talvez por estar em um hotel muito longe das atrações, ou por eu estar em uma época onde se comemorava os 70 anos do fim da segunda guerra, ou ainda por eu ter enchido meus pés de bolhas de tanto caminhar a pé com um único tênis, pois mandei ,via correio, de volta para o Brasil,  roupas, livros e uma bota confortável que havia trazido, quando ainda estava em Brugges, para reduzir o peso da minha mochila. Não sei se algum ou todos estes itens me fizeram ficar meio deprimida em Berlim e chorar muito o tempo todo. Motivos não faltavam, a Igreja destruída Kaiser-Wilhelm- Gedächtniskirche; os Muros mantidos em vários lugares da cidade, o Memorial ao Holocausto, as fotos pelas principais ruas, os jovens jogados pelas ruas, dormindo na grama, dormindo na chuva, dormindo na calçada, meus pés machucados, a distância dos lugares interessantes, tudo isso me fizeram não gostar de Berlim. Só fui me sentir melhor no ônibus para Dresden, de onde pegaria o trem para Praga.

Uma linda e moderna cidade grande onde a solidão sem internet me pegou de jeito. As lembranças tristes associadas às bolhas nos meus pés me colocaram em uma gaiola onde eu não conseguia falar com ninguém por meios eletrônicos, nem baixar minhas fotos, nem enviá-las por e-mail, nem fazer operações bancárias. Reservar o hotel em Praga foi quase um milagre.

Lição 5: Reservar hotel perto da estação de trem.

Lição 6: Assegurar-se da qualidade do acesso à internet.

Lição 7: Comprar um chip de telefone local.

Fiquei por sete dias dos quais dois eu consegui ir aos principais pontos turísticos, um dia perdido em tentativas vãs de locomoção, e em outros dois eu fui de ônibus, repetindo os mesmos caminhos que remetiam à segunda guerra mundial, e mais dois dias curando minhas bolhas para a próxima aventura, almoçando e jantando nas proximidades, transferindo fotos da câmera para um pen-drive e levando roupas para a lavanderia. Não fiz o que eu gosto em uma cidade, fugir do trivial turístico e ver como a vida segue nestes lugares. Então ficou faltando uma parte. Mas ainda não incluí Berlin nos meus próximos roteiros.

Observação: entrei em uma loja para comprar um sapato confortável e o vendedor me aconselhou a comprar uns curativos que protegem e medicam os pés antes de comprar os sapatos. Deu o endereço da Apotheke mais próxima e não tentou me empurrar um sapato. Ele falou que não precisava de sapatos e sim de tratamento para assegurar a próxima viagem. Amei aquilo.

Os curativos são fantásticos. Não os encontramos por aqui.

Para finalizar minha passagem estranha por Berlin, comprei tickets de trem para Dresden e quando lá cheguei para pegar o trem, não havia trem disponível. O agente me levou até o local onde sairia um ônibus especial para Dresden. Muitas pessoas reclamaram e se opuseram, mas a maioria concordou. O fato inesperado era um show do ACDC em Dresden naquela noite e vieram pessoas de todos os lugares para a  big estação central de Berlin e de lá para Dresden.

9 de Maio de 2015

Mas foi muito boa a viagem de ônibus de Berlim para Dresden. Ao meu lado sentou-se um escocês que estava indo para o show. E eu estava insegura em falar meu inglês tupiniquim com um falante da língua inglesa. Até então tinha falado com indianos, alemães, belgas, etc. Estrangeiros falam mais devagar e se esforçam para nos entender. Então minha preocupação seria com falantes da língua inglesa, sem paciência e crítico. Mas não foi o que aconteceu, pelo contrário. Foi a primeira vez que me encontrava naquela situação. Mas conseguimos conversar por toda a viagem o que me causou alegria. Ele convidou para ir ao show. Tive muita vontade. Era um show épico. Mas teria que pegar o trem em Dresden para ir para Praga onde havia reservado um hotel. Ficar em Dresden significaria ter que deixar a bagagem na estação e encontrar um hotel em cima da hora. Então decidi seguir para Praga. O ônibus me deixou na estação Central de onde em seguida partiria o trem para Praga. Não fazia a menor ideia de toda a beleza que me esperava.

DÜSSELDORF

No dia 27 de abril, às 6 horas da manhã fui para Düsseldorf, primeira cidade alemã onde conheci e me apaixonei pelo Rio Reno.

Cheirinho de pão na estação de Düsseldorf. Mesmo assim entrei na Starbucks por duas únicas vezes em toda a viagem. Eu tinha muito mais a apreciar nas padarias alemãs do que na Starbucks, mas o fiz na esperança de ter acesso à internet gratuita. Porém não fui feliz nisso. Tudo bem. Em breve estaria no hotel.

Pedi informação ao senhor chinês que foi muito gentil e ligou para o hotel perguntando sobre o endereço. Estava ao nosso lado. Era uma rua bem próxima à estação.

Lição 4.:Aprendi nesta viagem que um chip de telefone nos deixa mais autônomos, mas a falta dele faz com que tenhamos contato com pessoas, e eu tive muita sorte em encontrar pessoas amáveis e de boa vontade.

Deixei a bagagem no hotel e fui andar pela cidade, pois só poderia entrar a partir das 14 horas. Nesse primeiro encontro já vi o Teatro de Óperas, Rhein Ophra; ao lado dele um lindo jardim com patos e lagos.

Andando um pouquinho mais, avistei uma ponte e depois o rio. Lá estava, calmo “Der Rhein”, lindo, cheio de histórias contadas e recontadas, como a lenda de Lorelei impressa nas paredes do Museu de Artes Históricas. Ali, naquele momento, processou-se um verdadeiro encantamento.

Eu ia ficar somente três dias em Düsseldorf e por causa do meu fascínio pelo rio, mas fiquei seis. Não sabia ainda que iria encontrá-lo novamente na última cidade da Alemanha que iria visitar, pois meu roteiro estava aberto a mudanças necessárias. E então eu o encontrei mais alegre, mais colorido, mais divertido em Köln, um mês e dez dias depois.

Nos primeiros dias fiquei em um hotel bom por menos de 40 euros de diária. Estava muito frio ainda para mim, pouco acostumada. 0-1 grau pela manhã subindo até no máximo 12 graus ao meio-dia.

29 de Abril de 2015

Pintei e escovei os cabelos. Fui assistir a primeira ópera: uma trilogia de Puccini, começando com Gianni Schichi, depois Soror Angélica e por último Il Tabarro. Adorei cada cena, e em especial a performance da soprano em “Mio Babino Caro”. Mas ainda estou me perguntando se esta ária encaixa mesmo no enredo de Gianni Schichi.

Fui a este espetáculo, e ao outro também, de tênis, em uma cidade que tem um perfil de cidade do interior, embora seja rica e moderna. No primeiro dia encontrei um senhor no hall do teatro que me vendeu seu ingresso excedente e conversou comigo durante todo o tempo de intervalo, deixando-me bastante à vontade mesmo usando tênis. Ele tinha uma visão do Brasil um pouco ruim, a empresa onde trabalhava tinha sido lesada por E. Batista e ele pensava que o Brasil tinha sido colonizado somente por presidiários, fato que usou para justificar o perfil desonesto, mas aproveitei para mostrar que ele estava equivocado, que há muitas pessoas honestas no Brasil, sendo que mais de 3% de origem alemã, inclusive E. Batista.

No intervalo da Ópera há salsichas, pão, cerveja ou champanhe servidas no bar, proporcionando um momento bastante agradável de festa.

A cidade é perfeita em segurança e bem estar. Lindas praças, espaços públicos ocupados por todos, e um local apropriado para ver o pôr-do-sol às margens do Reno. Sorvetes (italianos) gostosos, restaurantes, ruas cuidadas, flores e árvores por todos os lugares. Uma ótima cidade para morar e criar filhos. 

Por ser véspera de feriado não havia mais vaga no hotel para permanecer por mais três noites, então tive que mudar para outro próximo daquele. Assim o fiz.

1º de Maio de 2015

Saí do hotel às 11:00 horas , era feriado em Düsseldorf como em todos os lugares.

Deixei a bagagem no hotel e aproveitei para ver aquelas lojas maravilhosas que evitei durante todos os dias em que passei ali.

Só poderia fazer check-in no outro hotel ás 15 horas. Estava muito frio, minhas mãos estão congelando.

Estava primeiramente sentada em um banco de frente para as lojas Prada, Bucherer e Bvlgari e de costas para a Versace e Hermes.

Não fui almoçar. Fui tomar um chá na Confiserie Heinemann. Uma confeitaria incrível que naquele momento serviu de abrigo. Não estava chovendo, mas não havia sol até o meio-dia e o vento frio soprando constantemente, gelava e ressecava a pele.

Depois do meio dia, Düsseldorf mudou totalmente. Chegaram muitas pessoas para o feriado e fim-de-semana; havia pessoas por todos os lados carregando suas malas de rodinhas indo em direção aos hotéis. Os restaurantes, cafés, ruas e avenida às margens do Reno estavam repletos de pessoas de todas as idades. O sol colaborou e se mostrou no começo da tarde, reduzindo o frio que marcou a manhã.

Havia música na rua, pessoas tocando diversos tipos de instrumentos; ouvi música clássica em violinos , mais adiante voz e violão tocando e cantando Forever Young, de Nashville. Ouvi Etude opus 10, nº3 de Chopin e me deixei ficar ali por algum tempo ouvindo e sentindo.

Andei na Rheinuffer, ao longo do Reno, que naquele momento estava repleta de pessoas sentadas ou caminhando. Os Plátanos mostravam pequenos brotos verdes anunciando a primavera. De onde eu estava, observava três pontes sobre o Reno. Pontes modernas. Atravessei por uma delas e fui para a outra margem. Ovelhas pastavam tranquilas.

Barcos de passeio lotados de passageiros iam de Düsseldorf para Köln; e havia também lanchas velozes e barcos de transporte de cargas.

Vi sair de um navio de cruzeiro, um grande número de idosos em cadeiras de rodas sendo empurradas por suas parceiras ou seus parceiros. Um desses idosos piscou para mim e isso fez com  eu desse a ele meu melhor sorriso que ele retribuiu alegremente.

Por lá permaneci até o sol se pôr com toda a sua realeza.

Voltei devagar para o hotel, parando aqui e ali, e quando sentada à beira de um lago, escrevendo parte deste texto, patos mandarins se aproximaram e me olharam quase que perguntando: _ o que você tem para mim?

Já no outro hotel notei que não era tão bom quanto o anterior. Era menor. Mas estava bom para mim. Tinha cheiro, de que não sei, mas era ajeitado. Era noite e fiquei no hotel. Era Sexta-feira, a cidade em festa, ouvia música nos quartos ao lado. Em cada quarto muitas pessoas. Meninos e meninas misturados. Fazer o quê se este meu tempo já tinha passado. Não me atreveria a me juntar a eles, embora saiba que isso poderia acontecer caso eu fosse menos tímida.

E fui dormir cedo e acordar cedo e aproveitar o que tivesse melhor no próximo dia. Fui almoçar no outro lado da cidade. Atravessar novamente a ponte e comer aquela batata deliciosa com aquela carne de porco assada vertical, qualquer coisa que se assemelha a Donner-Kebab.

2 de Maio de 2015

Assisti Xerxes, uma grande produção. Uma incrível apresentação de “Ombra Mai Fu” e um efeito visual deslumbrante.

No segundo dia de ópera, era um sábado após o feriado, as pessoas estavam muito arrumadas. Eu cheguei em cima da hora, ninguém me viu antes do intervalo; por causa desse atraso, cheguei correndo quando o porteiro aguardava para fechar as portas. Fui então agraciada com um ticket gratuito, que me custaria 20 euros. Fiquei feliz. Os tênis me proporcionaram uma economia de 20 euros para quem só podia gastar no geral 100 euros por dia incluindo tickets de trem, comida e hotel.

3 de Maio de 2015

Dia de ir embora de Düsseldorf em direção a Berlim.

Deixei o hotel e a bagagem e fui ver o Reno pela última vez. Fiquei sentada à sua beira pensando em nossos rios. Pensei em Itajaí. Quanto a aprender. Desde a exploração da área em torno, como o uso de transporte rápido através dos trens elétricos.

Enquanto ia para a Estação observava a cidade antiga, AltStadt, ainda marcada pela destruição causada pela guerra, mas com ruas largas e organizadas. É comum ver um edifício de arquitetura com estilo característico do começo do século, com alguma parte moderna acoplada, resultado do aproveitamento do que ficou preservado após os bombardeios.

Chegando à estação fui ladeada por muçulmanos de todas as idades e características em um manifesto contra o manifesto que havia ocorrido no início da semana, em que parte dos cidadãos pedia a proibição de entrada de muçulmanos islamitas, em virtude do atentado ocorrido em Paris, e uma outra parte protestava contra a manifestação. Tive que esperar o movimento se desfazer para poder caminhar até a estação.

Fui em trem ICE, 1ª classe, isso aconteceu somente esta vez por toda a minha viagem. Era a única opção naquele domingo dia 3 de maio. Fui para Berlim. Tive direito a jornal, água servida por um atencioso garçom. Um vagão com bancos ainda mais confortáveis, praticamente vazio. A manchete do jornal mostrava o nascimento da pequena herdeira do trono inglês, “Charlotte”. Aproveitei para praticar o alemão na leitura. Entendi apenas poucas palavras isoladas que dentro do contexto me permitiam adivinhar o conteúdo. Eu havia começado a estudar alemão há menos de de dois meses, isso é muito pouco para quem tem muita dificuldade com línguas estrangeiras. Mas vamos em frente, não desistirei.

BERLIN,

Cheguei à noite e o hotel era longe da estação de trem. Então precisei de um táxi e desta vez o taxista honesto não tentou me enganar como em Amsterdam e Bruxelas. Toda a Alemanha tem essa característica de honestidade do seu povo. Já eram muitos os itens que faziam admirar aquele país. Cidades limpas, organizadas, cheia de bosques, seguras, custo de vida menor em 50% ou menos ainda do que na Bélgica e Holanda.

Mas em 2015, 70 anos após o fim da segunda guerra mundial, Berlim chorava em outdoors, videos, cartazes por toda a cidade. Isso fez com que eu chorasse também em cada monumento, em cada pedaço do muro, em cada construção mutilada. E minha relação com a cidade tornou-se um pouco difícil. Será meu próximo relato.

O fim e o novo começo

5 de Janeiro de 2015.

Primeiro dia útil após as festas do fim de ano. Uma segunda-feira de um verão tropical cujo dia nascia já trazendo calor.

Eu havia acordado mais cedo do que era meu costume, sem o som irritante do despertador que nos últimos anos tornou-se necessário para me acordar a tempo de perder tempo antes de seguir para o trabalho. Mas a partir daquele dia não iria mais.

Foram trinta anos de ação sob stress, em estado de alerta constante e a ter a todo tempo que desenvolver novas regras para que o serviço oferecido tivesse qualidade. Mesmo sendo a parte técnica apaixonante, tudo parecia pedir uma pausa, curta ou longa, mas uma necessária pausa.

Naquela manhã, eu olhei para trás no tempo e me senti bem com o trabalho realizado. Tinha planos para o futuro próximo que certamente não permitiriam que sentisse falta de uma rotina que já não era perfeitamente suportável.

Lembrei que nos últimos dois anos, sentava-me à borda da cama após o banho sem vontade de escolher a roupa que iria vestir. Lembrei também que a última função havia me causado aumento de peso por me tirar o tempo de uma atividade física. Então naquele momento não ter a necessidade de escolher uma roupa, permitir-me ficar de pijama e arquitetar os demais dias de minha vida, provocava uma sensação de nova de liberdade.

Sabia exatamente que o ponto de partida para essa nova mudança seria a viagem sonhada, de mochila, por alguns países da Europa. Comecei a ler sobre viagens e roteiros, em livros, revistas e internet até que algo chamou minha atenção. Havia um programa de trabalho nos vinhedos da Alemanha.

A colheita da uva ocorria no outono. A poda ocorria na primavera e seguiria a ramificar e frutificar por todo o verão, estando seus suculentos cachos maduros no outono a partir de setembro, sendo que a colheita se estendia até o mês de e novembro.

Não poderia esperar tanto para a primeira experiência, então decidi que primeiro iria visitar alguns lugares tão desejados e depois decidiria sobre o trabalho.

Iria na primavera. Ver as flores, rios, museus e arquitetura. Visitar a Holanda e Bélgica dos meus antepassados. E depois ir para Alemanha, Republica Tcheca, Austria, Hungria e Suiça. À França iria apenas no norte, na Alsacia, ver as plantações de uva e experimentar o Pinot Noir e o Pinot Griggio.

Os meses que sucederam foram de planos e arranjos para a grande viagem que iniciaria no dia dezesseis de abril.

O primeiro ano foi apenas de descobertas. Iniciei a viagem por Amsterdam. Foi uma boa escolha. Vi pela primeira vez a bela arquitetura preservada das fachadas medievais e centenas de canais e pontes que produzem uma paisagem delicada e bela. Escolhi a primavera para ver o espetáculo de cores das tulipas, narcisos e jacintos e me emocionei nos museus Van Gogh e Rijks Museum.

Fiquei somente quatro dias, mas iria voltar dois meses após para o retorno ao Brasil, então segui sem olhar para trás em direção a Brugges, na Bélgica. Viagem de trem e primeiras lições sobre estações, tabelas de horários, compras de tickets, bagagens e plataformas.

Brugge

21 de Abril de 2015

Cheguei a Brugges e instintivamente fui andando a pé da estação para a cidade e logo a encontrei com toda a sua beleza. Passava de meio dia e a cidade estava lotada de turistas. Tive dificuldade de achar o endereço do hotel, mas com a ajuda de um morador, cheguei ao Hotel Notre Dame que se encontrava fechado com um recado na porta. Pedia para ligar para o numero indicado. Eu não tinha um telefone habilitado, mas o gentil cavalheiro ligou e imediatamente veio a hostess atender e lá deixei minha bagagem, após fazer o cadastro, e fui ansiosa ver a cidade.

Arquitetura, história, arte, canais, chocolates, frutas vermelhas, rendas de bilros, outras rendas e artesanatos lindos, igrejas, torres e moinhos. Tanta beleza que embriaga. Tudo em uma pequena e delicada cidade. Em um hotel lindo e confortável onde dormi bem ignorando o frio que estava lá fora. Fiquei quatro dias neste lugar e segui com vontade de ficar. Fui para a Bruxelas.

Bruxelas

25 de Abril de 2015

Chovia naquele sábado em Bruxelas, ficaria mais um dia e iria embora na segunda para Düsseldorf, na Alemanha. Choveu o tempo todo e por sorte meu hotel estava próximo da estação e de muitas atrações importantes que percorri a pé andando por amplas avenidas com seu edifícios em Art Noveau, passando por teatros, igrejas, estátuas, inclusive o célebre Manneken Pis. Experimentei a batata belga com maionese e tomei uma única cerveja belga. Ganhei um energizante de cannabis do dono do Kiosqui que me deu um abração caloroso, assim como também recebi a atenção de senhorinhas no café Paul e de um senhor na frente da Eglise Saint-Joseph , que contou suas experiências quando trabalhava na Alemanha,

Dois dias voaram e pareceu que não conheci suficiente a cidade, aprendendo que dois dias não são suficientes para conhecer um lugar.

Lição 3: Dois dias são insuficientes para conhecer o mínimo de uma cidade.

Segui para Düsseldorf, de trem. Fui sem grande expectativa, mas lá vi pela primeira vez aquele que me fascinaria e me faria planejar toda uma viagem posterior para melhor conhecê-lo. Der Rhein. O lindo e maravilhoso Rio Reno.

Próximo post ” O Reno” , amor a primeira vista.