SALZBURG

Cheguei à Estação de Trem de Salzburgo, Áustria,  no fim da tarde de 28 de maio de 2015.

Uma cidade com aproximadamente 150 mil habitantes, situada às margens do Rio Salzach, cujo centro histórico é Patrimônio Mundial da Unesco.

Não sabia muito sobre a cidade antes de lá chegar. Sem saber da orientação do hotel, pois estava sem GPS, pedi a uma senhora informações e ela gentilmente foi até o endereço comigo, conversando amigavelmente.  Novamente eu fui agraciada com essa delicadeza de atitude, exemplo a ser seguido, e que jamais esquecerei.

Entrei no Hotel, cuja porta estava aberta, mas não havia ninguém na recepção. Sentei em um dos sofás da sala em frente e esperei que alguém chegasse para que eu me registrasse. Logo em seguida veio um senhor que conferiu minha reserva, deu as chaves do meu quarto e eu me instalei rapidamente para sair e olhar a cidade.

Estava muito próxima do Rio Salzach e de uma das pontes. Observei que teria que atravessá-la para ir para a Altstadt, então decidi antes ir jantar, pois na saída de Budapeste tinha comido um sanduiche no MacDonald´s e estava com fome. Entrei em um restaurante italiano próximo ao hotel e comi um macarrão com molho de queijo e depois disso voltei à Estação de Trem, também bem próxima, e comprei frutas, água e chocolate para emergências.

Ainda dei uma caminhada ao longo do rio e voltei ao hotel, pois estava cansada e o dia estava terminando.

29 de maio de 2015

 Após o café da manhã, fui para o Centro Histórico atravessando a ponte para pedestres cujas grades de proteção estavam cobertas de cadeados dos muitos pares românticos que ali deixaram uma prova da relação amorosa que pretendem manter intacta, e que fica justamente entre o Hotel e Café Sacher, aquele da torta Sacher que já havia experimentado em Viena, e a Altstaadt. Andei até chegar à Getreidegasse,  uma rua somente para pedestres cujas placas de identificação dos estabelecimentos comerciais, especialmente desenhadas em material metálico colorido, com motivos criativos e harmoniosos, conferem personalidade àquela rua, tornando-a uma atração artística . Nesta rua também se encontra a casa onde Mozart nasceu, transformada em museu, além de muitos restaurantes, lojas e cafés. Lá, exatamente, eu provei um delicioso Apfelstrudel, do qual não posso esquecer o sabor da delicada massa folhada, em camadas finíssimas, além é claro do recheio de doce de maçã delicioso.

Esse centro histórico é pequeno e facilmente chega-se à Catedral de Salzburg, à Praça da Catedral onde há feiras, música e teatro ao ar livre. Um pouco mais adiante se encontra a Kapitelplatz, com um tabuleiro de xadrez gigante e uma esfera dourada com uma estátua humana sobre ela, de onde observa-se o Castelo medieval Hohensalzburg e dali decide-se visitá-lo ao subir pela trilha ou pelo funicular. A trilha é curta e fácil. Deste Castelo, que na verdade foi uma Fortaleza, pode-se observar a cidade com toda a sua beleza e os Alpes em torno dela. As lindas montanhas Já estavam verdes em maio, mas ainda ostentava  picos nevados, lembrando do recente inverno.

Nesta Fortaleza há um museu que mantém uma coleção de armas, uniformes, equipamentos bélicos, e informações sobre os vários momentos históricos do Festung Hohensalzburg, nos seus quase mil anos de existência.

Dentro do Castelo há também um teatro de marionetes com figuras e fatos relacionados à cidade.

E assim o dia passou e eu ainda voltei para a Altstadt para comer algo antes de voltar ao hotel.

30 de Maio de 2015

Acordei muito cedo, tomei o café assim que o restaurante abriu, pois eu ia para Hallstatt naquele dia. Estava ansiosa.

Fui de ônibus. O dia não estava bonito, não havia sol, pelo contrário choveu várias vezes durante aquele dia nos dois períodos. A estrada de Salzburg para Hallstaat mostrava além da lindas montanhas, a sua arquitetura típica em um misto de alvenaria e madeira, que em nada poluía a beleza natural daquele lugar. Logo avistei o  Hallstaatssee e em pouco tempo chegamos naquele lugar, uma vila de casinhas muito próximas uma das outras ao pé da montanhas à beira do lago.

Antes mesmo de apreciar a beleza do lugar, embora com chuva, tomei um barco que atravessou o lago e retornou. De dentro do barco tomei várias fotos, que mesmo sem a luz do sol, mostrou belas imagens. As casas de madeira, a maioria delas rústica, com suas flores nas janelas, formam um quadro tão lindo que não parece real.

Prometi a mim mesma retornar àquele lugar, em um dia de sol para apreciá-lo melhor e explorar mais: fazer uma trilha, ir além. Mas ainda não o fiz.

Retornei para Salzburg no fim do dia, ainda com chuva.

31 de Maio de 2015

Domingo. As igrejas chamavam para as missas. Umas católicas outras evangélicas.

As pessoas estavam com suas roupas especiais. Adultos e crianças vestiam-se com suas roupas de domingo para irem à missa. Os sinos tocavam.

No meio da manhã, uma orquestra tocava nos jardins do Palácio de Mirabell. Uma beleza de apresentação clássica.

O jardim estava colorido e perfumado pelas rosas. O dia estava lindo. O rio Salzach brilhava refletindo os raios de sol e algumas papoulas cresciam às margens dele.

Depois do almoço em um restaurante da Getreidegasse, fui a uma reserva florestal, em uma das montanhas de onde se podia ver o Festung no mesmo nível de altura e pude fotografá-lo de outro ângulo. Do alto desta montanha, avista-se os Alpes com todo seu esplendor. Aquela sensação de pertencer à natureza me retornou. Sem pensamentos, sem gestos, estar e ser apenas sem explicar sentimentos nem pensar no próximo passo. Qualquer coisa como uma fusão dos três reinos. Fiquei ali por algum tempo e depois desci a montanha para ver o pôr-do-sol,  sentada em um banco à beira do rio.

E o sol me compensou pela sua ausência no dia anterior, presenteando-me com um belíssimo entardecer. No dia seguinte eu seguiria para Munique.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *