2 de Junho de 2015
Munique: cheguei a Munique em uma hora e trinta minutos de trem vindo de Salzburg -Hbf.
Estava quente, e a alegria da cidade me surpreendeu. Muitas pessoas estavam sentadas em torno do Chafariz para se refrescarem. Eu tinha poucas roupas frescas e precisei entrar em uma das muitas lojas que se enfileiram desde a Karlplatz até Marienplatz para comprar roupas mais confortáveis.
Por sorte meu hotel ficava a alguns passos da estação central e de praças movimentadas. Por dois dias explorei toda a região central, visitando igrejas, jardins, confeitarias, feiras, comendo salsichas e apfelstrudel e mapeando a cidade.
Sentar em algum restaurante próximo a Marienplatz, além de obter uma típica refeição e um copo duplo de cerveja, é poder ouvir musicas de vários estilos e qualidades. O movimento de pessoas é intenso, e estando próximas do verão, elas vêm de todos os lugares, vestindo roupas coloridas, mostrando-se alegres e descontraídas, combinando com o clima de Munique, uma cidade grande com jeito de cidade pequena, simpática e aconchegante.
O alemão Manuel, e o francês Maurice, recepcionistas do Hotel onde eu estava, tornaram-se rapidamente meus amigos e me orientaram sobre como aproveitar o tempo em Munique. No meu retorno a Munique em 2016, hospedei-me no mesmo hotel somente para conversar com aquelas duas pessoas tão amáveis.
Conversar com pessoas interessantes em uma viagem é tão importante quanto visitar monumentos, museus ou igrejas. Às vezes é até mais importante ouvir suas histórias de vida, suas peculiaridades, experiências muitas vezes tão diferentes das nossas, tão inéditas, que sempre nos ensinam algo.
4 de Junho de 2015
Tomei um trem e fui para Füssen, em uma viagem de um dia. O trem estava lotado de turistas do mundo inteiro. Os passageiros, inclusive eu, ficamos de pé ou sentados nas escadas, ou ainda no chão dos vagões. Uma viagem de duas horas até a Estação de trem de Füssen, e de lá, um ônibus que espera nas proximidades, leva os turistas para Schwangau.
Estava um lindo dia para caminhar na floresta e para ver os dois castelos e o lindo lago, Alpsee. Caminhar na floresta para mim significa purificar minha energia, renovar minha essência, harmonizar meu espírito. Os sons e os cheiros, o verde e o azul se revezando, só são menos especiais do que ver a água transparente de um rio, córrego ou cachoeira fluir e ouvir a música das águas envolvendo os sentidos.
Tocar a água gelada, ver o brilho do sol refletindo fazendo brilhar as pequenas pedras, ouvir os pássaros e sentir o perfume da mata é ainda a melhor terapia para curar os danos causados pelas rotinas modernas.
Neuschwanstein é o Castelo no alto da montanha, construído pelo Rei Ludwig II da Baviera, nos século XIX que foi inspirado pela obra de Richard Wagner, Lohengrin, o Cavaleiro do Cisne.
( add)” Voltei a Schwangau no outono de 2019. Eu quis ver a paisagem de outono e mais uma vez me surpreendi com a beleza da vegetação colorida variando do amarelo ao vermelho e também do verde das árvores de folhas perenes, tornando os Castelos e especialmente o Alpsee lindamente emoldurados. “
Voltei para Munique com os olhos cheios de muita beleza, e cheguei antes de anoitecer. Jantei em um restaurante chinês encostado ao hotel e retornei ao meu quarto onde organizei minhas fotos, mandei mensagens e fui dormir tranquilamente.
5 de Junho de 2015
Neste dia, no fim da tarde, caminhei até a Marienplatz e de lá por outros caminhos fui até a Residenzstrasse, mas não entrei no Residenz Palace, segui até a Operhaus. Lindo e majestoso teatro com suas suntuosas colunas. À porta estavam dois recepcionistas, vestido a rigor, recebendo os tickets dos espectadores vestidos elegantemente, mulheres em seus vestidos longos, muito brilho, e o perfume francês que exalava por toda a praça na frente do Teatro.
Fiquei curiosa para saber qual peça estariam aquelas pessoas indo assistir, mas não vi nenhum cartaz, nenhuma informação que sugerisse algo sobre o evento.
Saído dali, entrei em uma Confeitaria em uma galeria com mesas sob guarda-sois. As mesas estavam ocupadas por senhoras e senhores bem vestidos e perfumados deleitando-se com sorvetes e outros doces gelados. Então sentei e tomei um café, um suco de laranja e um apfelstrudel com creme de baunilha. Custaram 15 euros e não era nada especial. Comparado ao Apfelstrudel de Salzburg, este era menos que regular.
6 de Junho de 2015
Fui ao Englisher Garten und Japanischer Garten. Um jardim enorme, lindo, um lugar de convivência, de estudo, de encontros, de descanso, de bronzeamento, de surfing, de diversão, principalmente no Bier Garten, onde há comida alemã e cerveja em grande quantidade, com uma banda para animar as pessoas.
É uma área enorme, lindamente arborizada. Com lagos e rio, grama, ciclovias e aves. Passei um longo tempo neste lugar. Pude refletir sobre a importância dos jardins em uma cidade.
Em uma viagem solitária observamos muito, caminhamos muito, contemplamos muito, comemos pouco, e refletimos muito.
O quanto nos torna mais saudáveis uma viagem. O quanto aprendendo sobre a simplicidade em uma viagem. O quanto constatamos de que precisamos muito menos do que costumávamos pensar.
7 de Junho de 2015
Minha viagem atingiu o auge da beleza feita por Deus. Vi duas coisas lindas no mesmo lugar, uma nas alturas e a outra sob o solo. Os Alpes e o lago Eibsee. Subi através de um cablecar nas montanhas geladas de Garmisch Partenkirchen, no Zugspitze, a 2962 metros. Era a primeira vez que eu subia tanto. Mesmo no fim da primavera, as montanhas com mais de 2.500 m de altura mantém-se congeladas, provocando aquela visão celestial que só uma montanha coberta de gelo e neve é capaz de causar. Abaixo, está o Lago Eibsee, com cores que variam do verde ao azul mais escuro, produz uma serenidade, uma paz tão profunda que poderia jurar que ali vivem os anjos. Do alto das montanhas observa-se a Alemanha, a Áustria, a Suíça e Itália.
Retornei a Munique em 2016 e 2019 para visitar outros lugares e outros museus.

Japanischer Garten 




























